AMatriz do Divino Espírito Santo - Jaguarão / RS
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As Escadas da Matriz
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A Igreja Matriz do Divino Espírito Santo iniciada em 1847, porém concluída somente 20 anos depois – é um dos raros templos do século XIX na região sul do Estado, a conservar integralmente as linhas gerais de seu aspecto original tanto interno quanto externo, o que lhe confere especial importância histórica, arquitetônica e artística.
Internamente, além do conjunto formado pelo altar-mor e os dois grandes altares colaterais, com seus retábulos de influência neoclássica, são também originais do século XIX:
- nas capelas laterais, dois retábulos móveis: o que abriga a imagem do Senhor Bom Jesus dos Passos, e o retábulo original de Nossa Senhora do Rosário (ocupado, atualmente, pelo Sagrado Coração de Jesus);
- conjunto de onze imagens sacras esculpidas em madeira (além de outras, do século XX, em diferentes materiais) e seus respectivos complementos, como coroas e resplendores em prata, executados com várias técnicas de ourivesaria;
- a pia batismal, em diferentes variedades de mármore, com belo trabalho de escultura em forma de cabeças de querubins, em torno da bacia.
- o gradil da capela do batistério, em ferro batido, com detalhes em fundição;
- duas raras eças, enormes móveis desmontáveis, empregados, outrora, para representar o esquife nas cerimônias de “absolvição dos defuntos”, após a missa fúnebre por ocasião do sétimo dia, trigésimo e aniversário, assim como para a Novena das Almas, celebrada nos dias consecutivos à comemoração de Finados, em novembro;
- dois cadeirões de braços que consta terem pertencidos ao palácio do ditador Solano López, trazidos como troféu da Guerra do Paraguai (1864 – 1870);
- amplo acervo-documental, especialmente o relacionado às antigas irmandades leigas.
Apesar disso, em épocas diversas, esse patrimônio foi objeto de várias intervenções indevidas, citando-se dentre elas:
-a arquitetura do retábulo-mor foi adulterada pela remoção de degraus superiores do camarim, a fim de possibilitar a instalação do atual Ostensório do Divino Espírito Santo, em metal, que substituiu o original-esculpido em madeira, em estilo barroco tardio, dourado e policromado (atualmente conservado no Instituto Histórico e Geográfico);
- foram emparedados dois nichos cavados na alvenaria, que ladeavam o arco cruzeiro;
- a pia batismal foi removida de seu lugar original no batistério;
- todos os altares sofreram sucessivas repinturas, sendo empregados materiais indevidos e cobrindo-se a primitiva policromia, que imitava mármores de várias cores, bem como o douramento original; a mesa do altar-mor também foi separada do respectivo retábulo e sacrário;
- também a maioria das imagens sacras sofreu restauro inadequado em geral ocultando ou desfigurando o “estofamento” das vestes das mesmas, executado, originalmente, com minuciosas técnicas de policromia e douramento. Algumas imagens foram também deslocadas de seus altares originais;
- o acervo documental necessita de tratamento e acondicionamento tecnicamente adequado, por seu grande valor como fonte de dados para a pesquisa científica.
A recuperação e preservação desse conjunto patrimonial através da criação do Museu e do Memorial da Matriz do Divino Espírito Santo, é uma iniciativa que, para chegar a tempo necessita do apoio de todos cidadãos jaguarenses conscientes da importância dessa parcela da memória e da identidade local.
Internamente, além do conjunto formado pelo altar-mor e os dois grandes altares colaterais, com seus retábulos de influência neoclássica, são também originais do século XIX:
- nas capelas laterais, dois retábulos móveis: o que abriga a imagem do Senhor Bom Jesus dos Passos, e o retábulo original de Nossa Senhora do Rosário (ocupado, atualmente, pelo Sagrado Coração de Jesus);
- conjunto de onze imagens sacras esculpidas em madeira (além de outras, do século XX, em diferentes materiais) e seus respectivos complementos, como coroas e resplendores em prata, executados com várias técnicas de ourivesaria;
- a pia batismal, em diferentes variedades de mármore, com belo trabalho de escultura em forma de cabeças de querubins, em torno da bacia.
- o gradil da capela do batistério, em ferro batido, com detalhes em fundição;
- duas raras eças, enormes móveis desmontáveis, empregados, outrora, para representar o esquife nas cerimônias de “absolvição dos defuntos”, após a missa fúnebre por ocasião do sétimo dia, trigésimo e aniversário, assim como para a Novena das Almas, celebrada nos dias consecutivos à comemoração de Finados, em novembro;
- dois cadeirões de braços que consta terem pertencidos ao palácio do ditador Solano López, trazidos como troféu da Guerra do Paraguai (1864 – 1870);
- amplo acervo-documental, especialmente o relacionado às antigas irmandades leigas.
Apesar disso, em épocas diversas, esse patrimônio foi objeto de várias intervenções indevidas, citando-se dentre elas:
-a arquitetura do retábulo-mor foi adulterada pela remoção de degraus superiores do camarim, a fim de possibilitar a instalação do atual Ostensório do Divino Espírito Santo, em metal, que substituiu o original-esculpido em madeira, em estilo barroco tardio, dourado e policromado (atualmente conservado no Instituto Histórico e Geográfico);
- foram emparedados dois nichos cavados na alvenaria, que ladeavam o arco cruzeiro;
- a pia batismal foi removida de seu lugar original no batistério;
- todos os altares sofreram sucessivas repinturas, sendo empregados materiais indevidos e cobrindo-se a primitiva policromia, que imitava mármores de várias cores, bem como o douramento original; a mesa do altar-mor também foi separada do respectivo retábulo e sacrário;
- também a maioria das imagens sacras sofreu restauro inadequado em geral ocultando ou desfigurando o “estofamento” das vestes das mesmas, executado, originalmente, com minuciosas técnicas de policromia e douramento. Algumas imagens foram também deslocadas de seus altares originais;
- o acervo documental necessita de tratamento e acondicionamento tecnicamente adequado, por seu grande valor como fonte de dados para a pesquisa científica.
A recuperação e preservação desse conjunto patrimonial através da criação do Museu e do Memorial da Matriz do Divino Espírito Santo, é uma iniciativa que, para chegar a tempo necessita do apoio de todos cidadãos jaguarenses conscientes da importância dessa parcela da memória e da identidade local.