Theatro Esperança - Jaguarão / RS
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Fonte: http://secultjaguarao.blogspot.com/ 11 de Janeiro de 2011
A inclusão de Jaguarão no Programa de Aceleração do Crescimento das Cidades Históricas permite entrever, já, importantes avanços na defesa e proteção dos bens culturais. Entre os projetos e obras de destaque, vislumbramos os resultados da restauração do Teatro Esperança que, após anos de degradação, teve recuperadas, com a conclusão da primeira etapa das obras, sua cobertura, pintura decorativa mural e galerias – estruturas que estavam em estado avançado de comprometimento.
O prédio, tombado por seu valor histórico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado desde o ano de 1990, passou recentemente a tutela e proteção, também, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, recebendo o investimento de mais R$ 1, 1 milhão.
A construção desponta entre os belos acervos arquitetônicos do centro da cidade, recentemente tombada nacionalmente por seu conjunto Histórico e Paisagístico, contemplando mais de 800 prédios e uma área de entorno.
O Teatro Politeama começou a ser construído em 1887 e foi inaugurado dez anos depois. É apontado como o terceiro mais antigo do estado, precedido pelo Teatro Sete de Abril, de Pelotas, e pelo Teatro São Pedro, de Porto Alegre. É reconhecido, do mesmo modo, no cenário nacional, por sua qualidade acústica.
A arquitetura projetada em estilo eclético, em cuja fachada destacam-se as aberturas entre as colunas jônicas e as platibandas com frontões decorados, revela a precisão dos grandes artífices do continente europeu, que percorreram e se instalaram no sul do país, em meados do século XIX. Seu construtor foi Martinho de Oliveira Braga, destacado pela atuação em diversas obras que compõem o requintado casario do município, e o responsável pelo trabalho em madeira foi o artista Gustavo Guimarães, marceneiro português estabelecido na fronteira na época.
O porte da casa de espetáculos traduz a expansão econômica que vivia Jaguarão no final do período oitocentista e princípios do século XX, por sua vez refletida na fase áurea da construção civil e no engajamento da sociedade com a movimentação cultural e artística do país.
A cidade estava no roteiro das companhias que se apresentavam no Rio de Janeiro, Porto Alegre e Pelotas, e seguiam para Montevidéu e Buenos Aires. Por sua localização estratégica e importância política na região, recebeu peças de autores de renome, como adaptações de Shakespeare traduzidas, Alexandre Dumas, José de Alencar, Lobo da Costa, entre outros, conforme atestam os jornais locais.
Outro aspecto interessante, é que o espaço adaptava-se à realização de espetáculos circences. Para tanto, removiam-se as cadeiras e o piso da platéia, cujo tablado era móvel, e esta se transformava em picadeiro.
Na década de 1950, o Teatro sofreu reformas para que pudesse ser utilizado como cinema. Seus camarotes foram removidos, instalaram-se cadeiras fixas na platéia, uma tela e construiu-se uma sala de projeção, o que ocasionou a perda de alguns de seus referenciais originais.
No cenário atual, é imprescindível a soma de esforços da comunidade em parceria com o setor público - nos âmbitos municipal, estadual e federal-, para que se possa preservar o que se recuperou do prédio e criar uma base sólida para as futuras ações do campo do Restauro e da Conservação. Tendo em vista a efervescência cultural que demarca a fronteira, fica a certeza de que o Teatro Esperança terá vida longa e que muitos espetáculos ainda serão anunciados nos cartazes de seu futuro próximo.
A inclusão de Jaguarão no Programa de Aceleração do Crescimento das Cidades Históricas permite entrever, já, importantes avanços na defesa e proteção dos bens culturais. Entre os projetos e obras de destaque, vislumbramos os resultados da restauração do Teatro Esperança que, após anos de degradação, teve recuperadas, com a conclusão da primeira etapa das obras, sua cobertura, pintura decorativa mural e galerias – estruturas que estavam em estado avançado de comprometimento.
O prédio, tombado por seu valor histórico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado desde o ano de 1990, passou recentemente a tutela e proteção, também, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, recebendo o investimento de mais R$ 1, 1 milhão.
A construção desponta entre os belos acervos arquitetônicos do centro da cidade, recentemente tombada nacionalmente por seu conjunto Histórico e Paisagístico, contemplando mais de 800 prédios e uma área de entorno.
O Teatro Politeama começou a ser construído em 1887 e foi inaugurado dez anos depois. É apontado como o terceiro mais antigo do estado, precedido pelo Teatro Sete de Abril, de Pelotas, e pelo Teatro São Pedro, de Porto Alegre. É reconhecido, do mesmo modo, no cenário nacional, por sua qualidade acústica.
A arquitetura projetada em estilo eclético, em cuja fachada destacam-se as aberturas entre as colunas jônicas e as platibandas com frontões decorados, revela a precisão dos grandes artífices do continente europeu, que percorreram e se instalaram no sul do país, em meados do século XIX. Seu construtor foi Martinho de Oliveira Braga, destacado pela atuação em diversas obras que compõem o requintado casario do município, e o responsável pelo trabalho em madeira foi o artista Gustavo Guimarães, marceneiro português estabelecido na fronteira na época.
O porte da casa de espetáculos traduz a expansão econômica que vivia Jaguarão no final do período oitocentista e princípios do século XX, por sua vez refletida na fase áurea da construção civil e no engajamento da sociedade com a movimentação cultural e artística do país.
A cidade estava no roteiro das companhias que se apresentavam no Rio de Janeiro, Porto Alegre e Pelotas, e seguiam para Montevidéu e Buenos Aires. Por sua localização estratégica e importância política na região, recebeu peças de autores de renome, como adaptações de Shakespeare traduzidas, Alexandre Dumas, José de Alencar, Lobo da Costa, entre outros, conforme atestam os jornais locais.
Outro aspecto interessante, é que o espaço adaptava-se à realização de espetáculos circences. Para tanto, removiam-se as cadeiras e o piso da platéia, cujo tablado era móvel, e esta se transformava em picadeiro.
Na década de 1950, o Teatro sofreu reformas para que pudesse ser utilizado como cinema. Seus camarotes foram removidos, instalaram-se cadeiras fixas na platéia, uma tela e construiu-se uma sala de projeção, o que ocasionou a perda de alguns de seus referenciais originais.
No cenário atual, é imprescindível a soma de esforços da comunidade em parceria com o setor público - nos âmbitos municipal, estadual e federal-, para que se possa preservar o que se recuperou do prédio e criar uma base sólida para as futuras ações do campo do Restauro e da Conservação. Tendo em vista a efervescência cultural que demarca a fronteira, fica a certeza de que o Teatro Esperança terá vida longa e que muitos espetáculos ainda serão anunciados nos cartazes de seu futuro próximo.